Porto Alegre, sexta, 27 de setembro de 2024
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Extremismo de direita é fator de atração para atentados em escolas, apontam estudiosos, por Tainá Andrade/Correio Braziliense

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Extremismo de direita é fator de atração para atentados em escolas, apontam estudiosos, por Tainá Andrade/Correio Braziliense É unânime o diagnóstico de que o enfrentamento eficaz dessas ações está na prevenção para evitar que jovens sejam contaminados pelo discurso de ódio (crédito: Eduardo Valente)

 

 

A repetição de ataques às escolas, em uma crescente há pelo menos dois anos no Brasil, não é acaso. Para estudiosos do tema, há um “rito de crime”, observado nos atentados de Barreiras (BA), Sobral (CE), Aracruz (ES), São Paulo (SP) e Blumenau (SC). Apesar dos contextos serem diferentes, as motivações são as mesmas: o extremismo. Em comum, foram identificados fatores como a glorificação do atacante por uma comunidade mergulhada em sua visão deformada de mundo. A cada novo ataque, o gatilho é acionado para mais datas serem celebradas. É unânime o diagnóstico de que o enfrentamento eficaz dessas ações está na prevenção para evitar que jovens sejam contaminados pelo discurso de ódio.

No ambiente digital aberto, as comunidades de ódio têm servido de espaço para a disseminação de ideias extremistas. “A radiografia desses grupos é masculinista, de ódio às mulheres, é fenômeno de ódio às pessoas negras e LGBTQIA . Soma a isso três fatores que desembocam em ambientes de gamers, paintballs, clubes de tiro, que cultuam o pensamento neonazista e fascista. (Os jovens) viveram algum tipo de frustração e humilhação, como é comum na fase da adolescência. De forma complementar temos um fato que é a glorificação dos atacantes”, descreve Daniel Cara, professor da Faculdade de Educação na Universidade de São Paulo (USP).

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