A palavra de ordem é cautela. O comandante do Exército, Tomás Paiva, tem deixado claro a interlocutores que não se envolverá na crise instaurada com a prisão do ex-ajudante de ordens, o coronal Mauro Cid. A pessoas próximas ele tem defendido que o assunto envolvendo o ex-braço direito de Jair Bolsonaro é um tema da Justiça e que é nesta esfera que será tratado.
Cid foi preso na quarta-feira em sua casa, na Vila Militar, em Brasília. O fato gerou incômodo, em especial, entre militares da reserva que seguem apoiando o governo anterior e que são críticos ao Supremo Tribunal Federal. O grupo de incendiários inclui o general da reserva Braga Netto, ex-ministro e ex-candidato a vice de Bolsonaro. Hoje, o militar é funcionário do PL, partido do ex-presidente.
Como informou a coluna, entre os membros do alto comando há um arrependimento sobre o tratamento dispensado a Cid. A avaliação é de que ele deveria ter recebido reprimendas ainda durante o governo passado, mostrando que estava indo “longe demais” na sua atuação junto a Bolsonaro.
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