A revolta dos cineastas cubanos pela censura ao documentário sobre o músico Fito Páez, “La Habana de Fito”, não terminou nem mesmo com a queda do presidente do Instituto de Arte e Indústria Cinematográfica do país ou com as promessas de soluções para seus problemas: os artistas pedem liberdade para criar.
“É a gota d’água que ultrapassou o vidro de uma série de problemas e censuras históricas dentro da cultura da revolução cubana”, disse`à AFP o diretor Juan Pin Vilar, que no documentário analisa a estreita relação do astro do rock argentino com Cuba desde os anos 1980.
A Assembleia de Cineastas Cubanos, formada por 400 trabalhadores do setor, protestou sobre o cancelamento do filme dirigido por Pin Vilar. A mobilização chamou a atenção do cineasta, que considerou que as instituições culturais “não respondem aos interesses dos criadores, mas sim a essa burocracia” comandada por funcionários “eleitos pela sua subserviência ao governo”.
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