Nesta terça-feira, dia 02 de abril, diversas entidades de áreas política, direitos humanos e sociais têm agenda às 9h com o Prefeito Sebastião Melo. A audiência foi solicitada, nesta segunda-feira, (01 de abril) por lideranças do Movimento de Justiça e dos Direitos Humanos (MJDH) Caminho da Soberania e Associação dos Ex-Presos e Perseguidos Políticos (AEPPP) que irão pedir – em nome de diversas outras entidades e partidos políticos à colocação de uma estátua do ex-presidente João Goulart em área na Capital. O chefe de gabinete do prefeito, André Coronel, que recebeu o grupo, informou que além do prefeito, estarão presentes na audiência a Procuradoria Geral do Município, as secretarias municipais de Cultura e Meio Ambiente, além de representante da Concessionário do trecho da Orla onde as entidades pleiteiam espaço para o monumento. Seria nas imediações ou confluência das avenidas João Goulart, Loureiro da Silva e Edvaldo Pereira Paiva.
Afonso links, Raul Carrion, Jair Krischke, André Coronel, Sérgio Bitencourt, Jussara Cony e Gil Almeida. Foto: Itamar Aguiar
O monumento já foi feito e teve os custos pagos pela Fundação Caminho da Soberania, presidida pelo ex-deputado Carlos Eduardo Vieira da Cunha, e aguarda apenas a licença do município para sua implantação. A obra custou R$ 100 mil e foi produzida pelo escultor fluminense Otto Dumovich, a partir de doações à fundação, cuja finalidade é preservar a memória de líderes trabalhistas como Jango, Leonel Brizola e Getúlio Vargas. Dumovich é o mesmo autor da estátua de Brizola, localizada ao lado do Palácio Piratini.
Para preparar o terreno e instalar o monumento de Jango, serão necessários mais R$ 120 mil.
— Esse ano é especial, são 60 anos do golpe militar, é um ano que consideramos propício para fazer essa homenagem e reafirmar o compromisso com a democracia. Junto a outros líderes, o Jango foi a grande vítima do golpe militar de 1964 — observa Vieira da Cunha.
A inauguração da referida estátua figura entre as muitas atividades que estão sendo realizadas no RS em “descomemoração” pelos 60 anos do golpe militar de 1964, quando o presidente do Brasil, o gaúcho João Goulart, foi deposto exatamente em Primeiro de Abril. Voltaria do exílio morto e já no caixão, em Seis de Dezembro de 1976.
Estiveram na prefeitura dia primeiro, solicitando audiência com o prefeito, o presidente e o diretor do MJDH, Jair Kriskhe e Afonso Licks; o presidente e o vice-presidente da AEPPP, Sérgio Bitencourt e Raul Carrion (PCdoB); a ex-deputada Jussara Cony, além dos profissionais de imprensa Jurema Josefa, da Associação Riograndense de Imprensa(ARI) e Itamar Aguiar da Associação dos Repórteres Fotográficos do RS (Arfoc).
