Porto Alegre, sábado, 23 de novembro de 2024
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Pesquisa do SINEPE/RS aponta reajuste médio de 8,4% na mensalidade para 2025

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Levantamento aponta maiores custos das instituições e expectativa de aumento em número de alunos © Caminhos da Reportagem/TV Brasil
Após um ano repleto de desafios, em função da enchente ocorrida em maio, as escolas privadas do Rio Grande do Sul apontam para um reajuste médio de 8,4% nos valores de suas mensalidades para 2025. A oscilação apresentada acompanha a projeção no aumento dos custos das instituições, que está projetado em 8,5%. Os dados estão no levantamento anual promovido pelo Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (SINEPE/RS). Realizada no mês de outubro, a pesquisa contou com a participação de 106 escolas associadas, de todas as regiões do Estado. Destas, 67,9% esperam manter ou aumentar, embora em percentual pequeno, o número de matrículas. A média de matrículas por instituição foi de aproximadamente 890 em 2024 e a estimativa para 2025 é que esse número se aproxime de 916.

Conforme o presidente da entidade, Oswaldo Dalpiaz, as instituições constroem o reajuste com base nos seus custos e investimentos e também nas condições financeiras das famílias dos estudantes. “Ao elaborarem o valor da mensalidade, as escolas trabalham com a planilha de custos e observam o contexto no qual estão inseridas. É preciso considerar que vivemos um ano de desafios, como a enchente do mês de maio, que afetou muitas escolas”, pontua o dirigente. Ele lembra que esse é um reajuste médio, haverá escolas que aumentarão acima desse percentual e outras abaixo. “Varia muito de acordo com a realidade de cada instituição de ensino. Se a escola fez investimentos como aquisição de laboratório, ampliação do prédio, pode ter um reajuste maior neste ano”, explica.

Dalpiaz acrescenta que a definição de reajuste leva em consideração uma série de fatores, para além do percentual previsto de inflação. Conforme o estudo do SINEPE/RS, os custos que mais impactam no orçamento das escolas são com pessoal, infraestrutura física e lógica, contratação de monitores para atendimento da educação inclusiva, investimento em tecnologia e contas públicas, como água e luz. “Percebemos que, além das contas fixas, há um alto investimento para a adaptação das escolas às novas tecnologias e formatos de ensino. Tudo isso precisa estar presente no orçamento”, justifica o presidente.