A convite do Ministério de Desenvolvimento Agrário da província de Buenos Aires e da Universidade Nacional de Hurlingham, o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, foi um dos conferencistas do 1º Congresso Internacional de Alimentos, que aconteceu na quinta e sexta-feira (21 e 22) na Argentina. Além da Conab, Pretto também representou a Rede de Sistemas Públicos de Abastecimento e Comercialização de Alimentos na América Latina e Caribe (Rede SPAA), da qual assumiu a presidência em agosto deste ano.
Em conferência magistral, Pretto compartilhou a experiência do governo brasileiro, por meio da Conab, em informações agropecuárias, na formação de estoques públicos, na elaboração do Plano Nacional de Abastecimento Alimentar e na execução de políticas públicas, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), para estímulo à produção de alimentos e o combate à fome no Brasil.
“A fome não tem fronteira. A dor da fome no Brasil é a mesma na Argentina e em toda parte do mundo. Nós estamos caminhando para acabar com a fome outra vez, mas também queremos estender a mão, com solidariedade, a países que precisam da nossa experiência. Ao mesmo tempo, nós estamos aprendendo com experiências muito ricas de outros países que também se mobilizam nessa direção”, afirma o presidente da Conab.
Pretto também apresentou o trabalho da Rede SPAA, que reúne 18 países. Um dos destaques foi a parceria firmada com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), com vistas à cooperação técnica na América Latina e no Caribe, para garantir a segurança alimentar e desenvolver a agricultura sustentável, com apoio à pesquisa e à utilização de novas tecnologias no campo.
Ao todo, foram realizadas quatro conferências magistrais e 12 painéis simultâneos, que colocaram no centro dos debates temas como as perspectivas para o sistema agroalimentar global; alimentação e direito à saúde; políticas públicas e segurança alimentar. O evento reuniu cerca de 400 pessoas de países da América Latina e Caribe, na Universidade Nacional de Hurlingham, para trocar experiências, gerar conhecimentos e incentivar a formulação de políticas públicas. Entre elas, autoridades, membros da comunidade científica e acadêmica, funcionários públicos das áreas produtivas e de ciência alimentar, produtores e empresas do setor produtivo, câmaras empresariais e associações de consumidores.