Porto Alegre, domingo, 22 de dezembro de 2024
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'Provocação': políticos, Ongs e sindicatos franceses condenam anúncio do acordo UE-Mercosul/RFI

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O principal sindicato de agricultores da França (FNSEA) afirma que poderá voltar a bloquear rodovias, como fez em outros protestos (foto). AFP - FREDERICK FLORIN

 

A batalha política sobre o acordo UE-Mercosul parece estar longe de terminar. Mesmo se as negociações entre a Comissão Europeia e o Mercosul foram concluídas, como anunciou Ursula von der Leyen em Montevidéu, no Uruguai, nesta sexta-feira (6), os políticos franceses reagiram com firmeza ao anúncio da presidente da Comissão, com Paris se opondo ao texto em sua forma atual. Agricultores, sindicatos e diversas Ongs se juntaram ao protesto contra o acordo, que consideram uma “traição”.

Maud Bregeon, porta-voz do governo francês, denunciou na rede social X “uma grande ruptura no vínculo de confiança entre os franceses e a Europa”. O governo de Emmanuel Macron e Michel Barnier havia se oposto publicamente à conclusão das negociações com o Mercosul.

O anúncio da Comissão Europeia do acordo sobre o tratado comercial “só engaja a Comissão”, comentou a ministra do Comércio Exterior da França, Sophie Primas. “Hoje, claramente, não é o fim da história. O que está acontecendo em Montevidéu não é uma assinatura do acordo, mas simplesmente a conclusão política das negociações. Isso é vinculativo apenas para a Comissão, não para os Estados-membros”, disse a ministra em uma declaração enviada às agências de notícias, acrescentando que “a Comissão está assumindo suas responsabilidades como negociadora, mas isso é vinculativo apenas para ela”.

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