Porto Alegre, sábado, 12 de outubro de 2024
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ACPA: Comunicação precisa de ética e profissionalismo em todas plataformas

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Para os profissionais das áreas de Jornalismo, Publicidade, Relações Públicas e Agentes Digitais estamos no olho do furacão com a transformação digital, que afeta diretamente a Comunicação. No entanto, reconhecem que a qualidade da produção, profissionalismo, e a ética são fundamentais em qualquer plataforma. Para onde vai a Comunicação foi o tema do MenuPoa, reunião-almoço promovida pela Associação Comercial de Porto Alegre, nesta terça-feira, 03/12, no Salão Nobre do Palácio do Comércio.

Na abertura do evento, o presidente da Associação Comercial de Porto Alegre, Paulo Afonso Pereira, recordou que na segunda metade dos anos 1980, aconteceu uma revolução tão impactante quanto a do alemão Johannes Gutenberg, em 1439, quando desenvolveu um sistema mecânico de tipos móveis que deu início à Revolução da Imprensa. “As redações dos jornais e agências foram invadidas por computadores de tela verde e linha discada. Rapidamente, as máquinas de escrever desapareceram a nada mais foi como antes.”

O presidente da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (ABAP/RS), Alexandre Skowronsky, chamou a atenção que em agosto de 2020 as empresas brasileiras deverão estar em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). “Até agora empresas como Google e Facebook capturam dados dos usuários ganham com isso, mas após a aprovação da lei, será o consumidor que terá o controle.” Quem não se adequar às novas regras, poderá sofrer multas até R$ 50 milhões ou 2% do faturamento total da empresa.

Para a vice-presidente da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), Cristiane Finger, hoje muito se fala de tecnologia e o conteúdo é esquecido. “Existe um mercado enorme para o exercício do jornalismo. De todos os municípios brasileiros, 51% não tem sequer um veículo de comunicação. Tudo está em movimento e pode mudar a qualquer momento. Por isso, é necessário ser menos dogmático.”

A vice-presidente da Associação Riograndense de Propaganda (ARP), Renata Schenkel, ressaltou que o digital é uma plataforma, mas não a única. “A profissionalização é fundamental, com vendas bem construídas e históricas bem contadas. Temos que analisar tudo a cada momento e está cada vez mais complexo a utilização de aplicativos, escolha de influencers digitais.”

Quanto mais plataformas, mais a necessidade de profissionalismo, conforme o presidente do Sindicato das Agências de Propaganda (Sinapro/ RS), Fernando Silveira. “O que diferencia os jornalistas, publicitários e Relações Públicas e Agentes Digitais dos influencers digitais é a ética. Hoje, muito se discute os fins e pouco os meios.”

Para o conselheiro do Conselho Federal de Profissionais de Relações Públicas (Conferp), Fernando Carara Lemos, o fundamental é estabelecer o relacionamento através de uma comunicação original e relevante dentro das empresas. “Não podemos esquecer que atrás de tudo existem pessoas, tanto no público interno, como no externo. Não é mais um departamento, mas todos na organização.”

O presidente da Associação Brasileira dos Agentes Digitais (Abradi/RS), Moyses Costa, acredita em três grandes tendências: a relevância da propriedade, tanto dos veículos, como empresas, marcas e indivíduos; a inteligência artificial, que envolve grande quantidade de dados, automatização, processos de comunicação; e a criatividade. “O mundo tem excesso de informação e é necessário ser criativo para conseguir algum espaço.”