O ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno, afirmou nesta sexta-feira (20) em entrevista ao programa 3 em 1, da Jovem Pan, que não tem medo do presidente e que possui material que pode comprometê-lo.
“Se o presidente acha que eu tenho medo dele, ele está enganado. Eu sou tão ou mais homem que ele. Tenho um material [sobre Bolsonaro], sim, e fora do Brasil. Tenho muita coisa e não tenho medo. Uma vez o presidente disse que eu voltaria para minhas origens, mas minha origem é muito boa”, afirmou Bebianno.
Ele também disse que se sente vulnerável e “sob risco constante”. “O presidente é uma pessoa que tem muitos laços com policias bons e ruins do Rio de Janeiro. Me sinto vulnerável e sob risco constante”, declarou.
Bebianno revelou também que, ao longo da campanha, o presidente Jair Bolsonaro tinha o costume de sacar dinheiro de caixas eletrônicos semanalmente, porém não revelou valores.
“Sim, é verdade. É uma rotina, sim. Não ficava prestando a atenção em valores. Mas ele ficava com o cartão do banco fazendo saques. Acontecia toda a semana, era comum, achei que fosse um hábito dele. Era uma coisa comum que acontecia sempre”, revelou.
O ex-ministro também voltou a comentar a declaração de Bolsonaro à revista Veja de que suspeita que pessoas próximas dele participaram do atentado que ele sofreu em setembro. O site O Antagonista publicou que Jair Bolsonaro aparentemente se referiu a Bebianno.
“É uma acusação que não merece muito da minha atenção, é de um grau de loucura absoluta, uma coisa estapafúrdia. Fico entre o que o Delegado Waldir falou quando o chamou de ‘vagabundo’ ou é um atestado de loucura, assim, incomparável. A perplexidade fica em primeiro lugar. Me preocupa muito o Brasil estar entregue a uma pessoa tão desequilibrada. Tenho conversado com juristas amigos que compartilham da mesma opinião, vou processá-lo na esfera civil e criminal, além disso vamos mover um processo de interdição também. Ele não condições de governar o Brasil.”, afirmou.