Os investimentos em abastecimento de água feitos em Porto Alegre pela atual gestão da prefeitura já são bem maiores em relação a anos anteriores. Chegaram a R$ 50 milhões para as regiões Extremo Sul e Extremo Leste (Lomba do Pinheiro), em 2017 e 2018, e R$ 53 milhões em 2019, com a contratação de várias obras, entre elas uma estação moderna, compacta e automatizada, que vai ampliar em 30% o fornecimento nesses locais a partir de outubro. Além disso, estão garantidos R$ 220 milhões de financiamento da Caixa e mais R$ 60 milhões de recursos próprios para oito obras de construção de um novo sistema, denominado Ponta do Arado, que vai duplicar a capacidade de abastecimento nesse território da cidade. As licitações para execução serão publicadas neste primeiro semestre.
Já para a região da extremidade Nordeste (parte alta da avenida Manoel Elias e Morro Santana), são necessárias dez obras para aumentar a distribuição, com valor previsto R$ 87 milhões. A primeira delas começa agora em janeiro, com investimento de R$ 17,7 milhões, provenientes de recursos próprios. Serão beneficiadas 124 mil pessoas. Para este projeto, foi feito um estudo que está incluído no Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB).
Desde 2012, havia necessidade de investimentos que não eram feitos. Os recursos vindos dos pagamentos das contas de água, em períodos anteriores à atual gestão, foram utilizados para o fechamento de despesas cotidianas da prefeitura. Sem a modernização do sistema, o abastecimento de água de Porto Alegre chegou ao limite. Para enfrentar o problema de forma emergencial, o Dmae vem fazendo consertos em canalizações e solucionando problemas eletromecânicos, entre outros, para atender às comunidades em caso de falta d’água. Também são feitas manutenções rotineiras para o bom funcionamento de todo o sistema, durante o ano inteiro, em toda a cidade.
Problemas pontuais ocorrem nos períodos de maior calor, quando o consumo de água é maior. Por isso, o Dmae solicita à população que racionalize a utilização. As ligações clandestinas também impactam diretamente o abastecimento regular, porque alteram a mensuração de consumo e causam interrupções temporárias. Essa quantidade extra de água usada irregularmente extrapola o cálculo feito para as bombas e canalização do sistema. E não havendo a medição adequada, não há como planejar a distribuição da água com eficiência.
MELHORIAS AO LONGO DE 2019
– Adutora Belém Novo-Restinga: conclusão de obra para ampliar o abastecimento no Extremo Sul, Restinga e Lomba do Pinheiro. Investimento de R$ 41,8 milhões.
– Adutora Antônio Borges: a canalização interligou os sistemas Menino Deus e Belém Novo, ampliando o abastecimento para parte da Lomba do Pinheiro. Investimento de R$ 4 milhões.
– Estação compacta 100% automatizada: ampliação de 300 litros por segundo (300 l/s) no atual sistema Belém Novo. Investimento de R$ 43,3 milhões por 4 anos.
– Substituição das canalizações na Restinga: 72 km de redes trocadas, para melhorar o abastecimento e diminuir o número de vazamentos. Investimento de R$ 18 milhões.
– Estações de bombeamento São Manoel e Cristiano Fischer: melhorias nas casas de bombas, para aumento da capacidade de bombeamento para os bairros da Zona Leste, Agronomia e Lomba do Pinheiro. Investimento de R$ 6 milhões.
– Recuperação de sete casas de bombas: melhorias para ampliar e manter o abastecimento regular a bairros das zonas Sul e Leste. Investimento de R$ 2 milhões.
– Melhorias na Estação de Tratamento (ETA) Ilha da Pintada: Investimento de R$ 273 mil.