Porto Alegre, quinta, 28 de novembro de 2024
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Pesquisa revela atividade industrial em alta e expectativas mais otimistas

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A Sondagem Industrial do Rio Grande do Sul, elaborada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), aponta atividade industrial em alta e mostra otimismo do setor para os próximos seis meses. O Índice de produção em novembro registrou 54,5 pontos, 2,9 abaixo de outubro. O resultado, com valor acima dos 50 pontos, significa que a alta foi menos intensa que a de outubro, mas ocorreu num mês cuja tendência é de estabilidade. O emprego, que historicamente tende a cair na passagem de outubro para novembro, cresceu, após seis meses consecutivos de queda: 51,4 pontos. Outro indicador que apresentou o mesmo comportamento foi a Utilização da Capacidade Instalada (UCI), alcançando 74,0% em novembro (um ponto percentual acima de outubro), para uma média histórica de 71,9% no mês. O indicador de UCI (Efetiva em Relação ao Usual), aos 49,6 pontos, não ficava tão próxima do nível normal (50 pontos) desde abril de 2013. “Apesar do crescimento menor da produção em novembro comparado a outubro, os empresários continuam com uma expectativa positiva para o primeiro semestre de 2020, projetando uma melhora no mercado interno”, afirma o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry.
A Sondagem de novembro também mostrou a redução de estoques de produtos finais, mesmo com a alta atípica da produção. Na maior parte do ano mostrando acúmulo indesejado, o índice de estoques em relação ao planejado ficou em 47,2 pontos. Abaixo de 50, denota estoques menores do que o planejado pelas empresas, sugerindo uma demanda acima da esperada em novembro.

Na opinião dos empresários gaúchos, a expansão da atividade da indústria gaúcha deve continuar no primeiro semestre de 2020. De fato, todos os índices de expectativas permaneceram acima dos 50 pontos em dezembro e, com exceção das exportações (52,6 pontos), cresceram em relação a novembro. Os empresários projetam crescimento da demanda (58,6), das compras de matérias-primas (56,2) e do emprego (53,6). Nesse cenário, a intenção de investir foi a maior desde janeiro de 2019. Com três crescimentos seguidos, o índice de intenção de investir nos próximos seis meses alcançou, em dezembro, 58,2 pontos, bem acima da média histórica (49,1). O índice varia de zero (nenhuma empresa pretende) a 100 pontos (todas pretendem). Quanto maior o índice, maior a intenção. A pesquisa foi divulgada nesta quinta-feira (9).