A prefeitura entregou a obra da trincheira da Anita Garibaldi na manhã desta quinta-feira, 23. Após percorrer os 210 metros de extensão da via, o prefeito Nelson Marchezan Júnior autorizou a retirada dos cavaletes e a liberação da última etapa de uma das aguardadas obras da Copa de 2014, com custo total estimado em R$ 19,3 milhões. A trincheira possui duas faixas de tráfego (7,80 metros de largura total), além de duas alças para acesso local e conversões na Terceira Perimetral.
Conforme Marchezan, a obra iniciada em janeiro de 2013 passou por vários entraves e dificuldades, como erros de projeto, suspensões e até abandono da empresa responsável pelos trabalhos. “A novela chamada obras da Copa vai chegando ao seu final, depois de todos os dramas. A trincheira da Anita está finalizada, não no prazo que a cidade e nossa gestão gostariam”, enfatiza o prefeito. Foi liberada a alça sul para acesso da avenida Carlos Gomes para a rua Anita Garibaldi, sentido Centro-bairro. Com a modificação, a alameda Raimundo Correa voltará a ter sentido único em direção à rua Anita Garibaldi, na quadra a partir da rua Furriel Luiz Antônio de Vargas.
A conclusão da via representa uma solução viária para um importante cruzamento formado por vias de grande circulação – Carlos Gomes e Anita Garibaldi -, onde circulam aproximadamente 75 mil veículos por dia. “Agora, o fluxo da rua Anita Garibaldi, no sentido Centro-bairro, passa por baixo da avenida, aproveitando a topografia local”, explica o secretário em exercício de Infraestrutura e Mobilidade Urbana (Smim), Nelcir Tessaro.
O prefeito, Nelson Marchezan Júnior, acompanhado de secretários municipais, e vereadores da capital, entregou a obra da Trincheira da avenida Anita Garibaldi. Foto: Cesar Lopes/PMPA
O secretário municipal de Planejamento e Gestão, Daniel Rigon, lembra que a obra apresentou necessidade de adequação de projeto devido à existência de uma rocha no local, problema crucial na demora da execução dos trabalhos. Além disso, a primeira empresa vencedora da licitação teve problemas para executar os serviços. A segunda colocada não teve interesse em assumir a obra. A terceira colocada foi chamada e deu continuidade até quase a conclusão, que foi feita efetivamente com as equipes da prefeitura. “Prometida para antes de 2014, entregamos agora. É o ônus de projetos com profundos problemas técnicos e gerenciais, que estamos tentando corrigir”, completa Rigon.
A sinaleira que permite o cruzamento do tráfego da avenida Carlos Gomes pela rua Furriel Luíz Antônio de Vargas será desativada nos próximos 10 dias. “Ela permanece nesse primeiro momento para que os motoristas que trafegam na região se acostumem com o trânsito após a liberação completa do tráfego na trincheira da Anita Garibaldi. Depois disso, será retornada a configuração anterior, permitindo a travessia de pedestres no local e não mais a transposição de veículos”, explica o diretor técnico da EPTC, Marcelo Hansen.
Paralisações – Ocorreram paralisações em 2016, 2018 e duas em 2019 devido a entraves financeiros e tratativas com moradores. Em novembro de 2019, a prefeitura assinou uma ordem de reinício, não cumprida pela empresa responsável, o que resultou em decisão do poder público pelo fim do contrato. A administração municipal, por meio da Smim e da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), assumiu e concluiu os 2% restantes da obra.
Para executar o que faltava, a Diretoria-Geral de Conservação de Vias Urbanas (DGCVU) trabalhou 30 dias a partir da primeira semana de dezembro, com uma equipe de sete pessoas, utilizando máquinas como caminhão-pipa, retroescavadeira, caçamba, motoniveladora e vibroacabadora. Foram aplicados 198 toneladas de asfalto (CBUQ – Concreto Betuminoso Usinado à Quente), 110 metros de basalto irregular e 50 metros de grama, com investimento de R$ 125 mil. O custo inicial da obra era de R$ 10,2 milhões.
Participaram os secretários de Serviços Urbanos, Ramiro Rosário, e de Infraestrutura e Mobilidade Urbana, Marcelo Gazen, o presidente da Câmara Municipal, Reginaldo Pujol e o líder do Governo na Câmara, Mauro Pinheiro. Também estiveram presentes o diretor-geral da Direção-Geral de Conservação de Vias Urbanas (DGCVU), Nilton Magalhães; o presidente da Construtora Pelotense, Luís Roberto Ponte; o diretor da Construtora Cidade, Roberto Leitão Santos; o diretor técnico da Serviços Técnicos de Engenharia – STE, Daniel Bolson; e o presidente da Associação dos Moradores da Bela Vista, Mont’serrat e Boa Vista, Luiz Felipe Ranzolin Irigaray.
