Por volta da meia-noite de quarta-feira, 11, Renzo Carlo Testa, 85 anos, morreu do novo coronavírus em um hospital na cidade italiana de Bergamo, no norte da Itália. Cinco dias depois, seu corpo ainda estava em um caixão e era apenas um entre as dezenas de caixões alinhados aos pés da igreja do cemitério local, que está fechada ao público.
Sua esposa por 50 anos, Franca Stefanelli, gostaria de lhe dar um funeral adequado. Mas os serviços funerários tradicionais tornaram-se ilegais em toda a Itália agora, o que faz parte das restrições nacionais contra aglomerações e saídas que foram adotadas para tentar impedir a propagação do pior surto de coronavírus na Europa. De qualquer forma, ela e os filhos não poderiam comparecer, porque estão doentes e em quarentena.
“É uma coisa estranha”, disse Franca, de 70 anos, com dificuldades para explicar o que ela estava sentindo. “Não é raiva. É impotência diante desse vírus. “
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