Porto Alegre, sexta, 20 de setembro de 2024
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Coronavírus: ‘Pobres morrerão nas portas dos hospitais’, diz professor da USP

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‘Há pessoas que estão flertando com as trevas’, afirma Miguel Srougi, um dos cirurgiões mais respeitados do país. O médico Miguel Sroug prevê um colapso do sistema hospitalar brasileiro no auge da pandemia Foto: Folhapress / Daniel Guimarães

Aos 73 anos, Miguel Srougi, um dos cirurgiões mais celebrados do país, critica a forma como o governo federal tem conduzido a crise do coronavírus. Para o professor da USP, nossa infraestrutura hospitalar sinaliza que os mais vulneráveis ficarão sem atendimento no pico da pandemia.

Qual é a sua perspectiva com a pandemia?

Eu sou urologista, não sou um infectologista, não posso fazer uma revisão científica profunda. Mas vemos os dados quantitativos e eles se pautaram por curvas que vão sendo construídas por autoridades médicas do mundo inteiro, que acompanharam a evolução da disseminação do coronavírus no mundo. Eles mostram que, quando um país passa de cem casos, a curva que vinha subindo de forma lenta de repente empina e, a cada dois ou três dias, dobra os números dos casos. E nessas horas isso desorganizou todos estes países do ponto de vista de recursos e de capacidade para atender os doentes. Aqui no Brasil a gente está assistindo a este processo como espectador, no mundo inteiro morrendo gente, todo mundo assustado, e o Brasil otimista.

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