Em 4 de abril, a China celebra o tradicional Festival Qingming, em memória dos mortos. Os familiares varrem as sepulturas de seus entes queridos, trazem flores e queimam simbolicamente dinheiro de papel, para que os ancestrais permaneçam “capitalizados”, mesmo na vida após a morte.
Em 2020, porém, o festival – assim como outras festividades chinesas – está sendo ofuscado pela pandemia de coronavírus, pois em parte ainda vigoram quarentenas e proibições de reunião.
Por outro lado, a situação na China está mais relaxada. O número de novas infecções pelo Sars-Cov-2 continua a diminuir. Na província central de Hubei, onde os primeiros casos de covid-19 foram confirmados no fim de dezembro, o isolamento está sendo gradualmente suspenso.
Políticos de alto escalão aparecem publicamente sem máscara em todo o país: às vezes em conversa com investidores, às vezes em reunião partidária ou em sessão fotográfica numa lanchonete. A mensagem é: a normalidade voltou, já está mais do que na hora de retomar o crescimento.
A questão crucial é se isso realmente acontecerá. Na última semana de março, o maior banco de investimentos do país, o China International Capital Corporation, cortou em mais da metade sua previsão de crescimento para 2020, de 6,1% para 2,6%. No entanto especialistas e autoridades chinesas concordam que um crescimento de 6% é o patamar mínimo para a paz social e a segurança de emprego.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores em Pequim, o presidente chinês, Xi Jinping, pediu maior cooperação econômica em conversa telefônica com a chanceler federal alemã, Angela Merkel. As cadeias de suprimentos devem ser rapidamente revitalizadas, e um “novo potencial de cooperação” entre os dois países, em outros setores, deve ser identificado.
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