Porto Alegre, quarta, 27 de novembro de 2024
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31% das unidades prisionais do país não oferecem assistência médica

Detalhes Notícia
Condição das prisões torna população carcerária uma das mais suscetíveis a infecções como a Covid-19. Família observa o detento Charles da Silva Barreto, 30, se entregar no CPP (Centro de Progressão Penitenciária) de Mongaguá, no litoral paulista. Pouco mais de 500 detentos fugiram do CPP, em Mongaguá na segunda-feira (16). - Eduardo Anizelli/Folhapress

Considerada mais vulnerável ao novo coronavírus, a população carcerária brasileira padece da falta de médicos e de estrutura para tratá-la. Dados do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), baseados em inspeções nas unidades prisionais, mostram que 31% delas não oferecem assistência médica internamente.

O levantamento se refere a 1.439 estabelecimentos. O Nordeste tem a pior situação, faltando aparato de atendimento em 42,7% das prisões. Nas demais regiões, o percentual varia de 26% a 30%.

Quando não há médico no local, os detentos recebem visitas eventuais de equipes de saúde ou precisam ser levados para tratamento fora, logística que nem sempre é adequada e que favorece a propagação de doenças. A falta de profissionais nas prisões também torna mais complicada a identificação e a triagem dos casos suspeitos da Covid-19 prévias ao isolamento.

A população carcerária está mais sujeita a contrair infecções respiratórias por causa das condições insalubres dos cárceres, a maioria abarrotada e com má higiene —no país, há 460,7 mil vagas nas prisões, mas 752,2 mil custodiados.

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