Porto Alegre, sábado, 16 de novembro de 2024
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Itália deve estender isolamento por coronavírus até a Páscoa

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Cruz Vermelha da Itália ajudando pessoas sem-teto, migrantes e prisioneiros. Foto: IFRC Europe

O governo italiano disse nesta segunda-feira que irá estender a duração das medidas de isolamento impostas ao país inteiro contra a pandemia de coronavírus e que estão previstas para terminarem na próxima sexta-feira até pelo menos o final do feriado de Páscoa, em abril, enquanto o número de novas infecções tem mostrado queda. 

“A avaliação era para estender todas as medidas de contenção pelo menos até a Páscoa. O governo irá agir nessa direção”, disse o ministro da Saúde, Roberto Speranza, em nota após uma reunião com um comitê de cientistas que está aconselhando o governo. 

O Ministério da Saúde não deu uma data para o fim do novo período de isolamento, mas disse que ela estará em um novo decreto do governo. O domingo de Páscoa cai em 12 de abril neste ano. 

Os italianos estão em isolamento há três semanas, com a maioria das lojas, bares e restaurantes fechados e pessoas proibidas de deixarem suas casas a não ser por necessidades essenciais. 

A Itália, até agora o país mais atingido no mundo em número de mortes e que representa mais de um terço de todas as fatalidades pelo novo coronavírus no mundo, viu o número total de mortos subir para 11.591 desde que a epidemia começou na região norte do país em 21 de fevereiro.

O número de mortos subiu em 812 pessoas nas últimas 24 horas, segundo a Agência de Proteção Civil, revertendo dois dias de queda, embora o número de novos casos tenha subido em 4.050, o menor número desde 17 de março, chegando a um total de 101.739 casos.

Entretanto, a queda no número de novas infecções pode em parte ser explicado por uma redução no número de testes, que foi o menor nos últimos seis dias.

O governador da região de Puglia, no sul do país, disse no sábado que as restrições deveriam continuar vigentes até maio. 

Ressaltando os perigos da doença, a associação nacional de médicos anunciou a morte de mais 11 profissionais de medicina na segunda-feira, elevando o número total para 61. 

Nem todos eles foram testados para o coronavírus antes de morrerem, conforme informou a associação, que ligou as mortes à pandemia.

A Lombardia, região que abriga a capital financeira italiana, Milão, tem quase 60% do total de mortes no país e cerca de 40% dos casos. 

O presidente da Lombardia, Attilio Fontana, disse que as contenções sem precedentes aos movimentos, reuniões e atividades econômicas estão impedindo uma alta exponencial no número de casos, e precisam continuar em vigência. (Agência Brasil com Reuters)