Porto Alegre, sexta, 15 de novembro de 2024
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Regulamentada às pressas por causa do coronavírus, consulta médica a distância explode no Brasil

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Atendimentos remotos registram alta de até sete vezes em 15 dias; procura de jovens por serviço é mais comum, mas idosos têm ajuda de filhos e netos para usar sistema virtual. Fabricia Jung, médica no Dr. Consulta Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Regulamentada às pressas no País por causa do surto de coronavírus, a telemedicina teve nas duas últimas semanas uma explosão em número de atendimentos. O total de profissionais que passaram a oferecer o serviço também cresceu e consultas a distância entraram na rotina de hospitais, operadoras e clínicas. Em alguns casos, a demanda pela teleconsulta aumentou sete vezes em 15 dias, segundo levantamento feito pelo Estado com empresas que oferecem a modalidade.

Por resistência principalmente de conselhos regionais de Medicina, atendimentos online não eram permitidos no Brasil até março. No dia 19, com a escalada da covid-19 e a necessidade de reduzir a ida desnecessária a prontos-socorros, o Conselho Federal de Medicina (CFM) enviou ofício ao Ministério da Saúde informando que liberava, em caráter temporário, atendimentos virtuais para triagem e monitoramento de pacientes em isolamento.

No dia seguinte, o ministério editou portaria em que regulamentava a prática em caráter extraordinário para o período da pandemia, abrindo possibilidade para que o atendimento a distância fosse feito não só em casos de suspeita de covid, mas para outros quadros clínicos em que o atendimento remoto se mostrasse como alternativa para reduzir o deslocamento de pessoas e, consequentemente, a propagação do vírus.

Centros médicos que já ofereciam a modalidade mesmo sem aval do CFM tiveram alta expressiva na demanda nas últimas semanas. No Hospital Albert Einstein, que desenvolve ações de telemedicina desde 2012, o número de teleconsultas diárias saltou de 80 para 600 após a regulamentação. “Cerca de 450 delas são por sintomas relacionados à covid-19 e as outras 150 são de outras doenças. Estávamos com 100 médicos nesse projeto, mas estamos contratando mais profissionais e devemos chegar a 500”, diz Sidney Klajner, presidente do Einstein.

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