O site Coletiva.net informa que após um motorista e um fotógrafo do Estadão terem sido agredidos no exercício de sua profissão, neste 3 de maio, Dia da Liberdade de Imprensa, entidades se manifestaram em repúdio. O fato ocorreu durante cobertura de mobilização em frente ao Palácio do Planalto e a violência foi praticada por manifestantes favoráveis à gestão de Jair Bolsonaro e contrários ao Congresso Federal e ao isolamento social. Há, ainda, registros de outros atos violentos contra profissionais do jornalismo.
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) salientou a exigência de que “as forças de segurança impeçam atos de violência contra os profissionais, principalmente nas manifestações públicas que vêm ocorrendo”. Conforme a entidade, os relatos das vítimas mencionam socos, empurrões e pontapés, o que a Fenaj classifica como “violência contra a dignidade dos trabalhadores” e “ajuda a engrossar o perverso e criminoso coro contra a liberdade de imprensa”.
A Federação Nacional das Empresas de Rádio e Televisão (Fenaert) também se manifestou, por meio de seu presidente. Guliver Leão ressaltou que “Justamente no Dia da Liberdade de Imprensa termos relatos como esse, é uma situação intolerável. Devemos prezar pela segurança e pelo exercício da profissão com dignidade”. A entidade também reforçou “o compromisso com a segurança e integridade dos profissionais de imprensa”.
A Associação Riograndense de Imprensa não divulgou nota específica sobre as agressões, mas fez uma publicação em sua página do Facebook sobre a data: “Informação verdadeira protege a democracia, dá poder aos cidadãos, valoriza o conhecimento e ajuda a salvar vidas. Máscara sim, mordaça não”.
O Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul utilizou o Dia da Liberdade de Imprensa para destacar um levantamento da Fenaj. O material apontou alto índice de agressões contra jornalistas por parte do presidente da República: 179, em quatro meses. (Coletiva.net)