As duas câmaras do Parlamento alemão aprovaram nesta sexta-feira (03/07) uma legislação que estabelece a eliminação gradual do carvão como fonte de energia em menos de duas décadas, como parte da estratégia do governo para reduzir as emissões de CO2.
A Alemanha depende hoje significativamente da energia do carvão, que abastece um terço da demanda de todo o país. De acordo com o plano, a primeira usina carbonífera será fechada ainda este ano, e outras sete que estão entre as mais poluentes, até 2022. O cronograma prevê o fechamento de 30 usinas no país.
O pacote de medidas possui duas vertentes principais. A primeira estabelece um caminho legal para a redução gradual das emissões até, no máximo, 2038, enquanto a segunda é voltada para as economias regionais que serão diretamente afetadas.
As regiões produtoras de carvão nos estados da Renânia do Norte-Vestfália, Saxônia, Saxônia-Anhalt e Brandemburgo receberão 40 bilhões de euros destinados à restruturação de suas economias, recapacitação da mão de obra e expansão da infraestrutura local.
As operadoras das usinas de carvão também receberão compensações financeiras. Entretanto, esse beneficio está condicionado a elaboração de planos para o fechamento das usinas e o término de outras atividades que resultam em emissões, que devem ser anunciados pelas operadoras até 2026.
“A era fóssil na Alemanha chega a um fim irrevogável com essa decisão”, afirmou o ministro da Economia do país, Peter Altmaier. A ministra alemã do Meio Ambiente, Svenja Schulze, comemorou o que chamou de “grande sucesso político para todos os que desejam um futuro favorável ao clima para nossos filhos e netos”.
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