Porto Alegre, quinta, 19 de setembro de 2024
img

Regiões agrícolas têm sentido menos os efeitos da covid-19 na economia; O Estado de São Paulo

Detalhes Notícia
Segundo o BC, enquanto o Amazonas teve queda de 21,44% na atividade econômica em março e abril, a Região Centro-Oeste registrou recuo de 6,16%; no País, a queda média chegou a 15,29%. Segundo o BC, Sul e Sudeste, as regiões mais industrializadas do País, foram as mais afetadas. Foto: Dida Sampaio/Estadão

 

 

A crise econômica gerada pela pandemia do novo coronavírus atingiu de maneira desigual os Estados brasileiros – embora a queda tenha sido generalizada. Nos meses de março e abril, quando o isolamento social se intensificou em várias cidades, a atividade econômica no País como um todo passou por retração de 15,29%, conforme dados do Banco Central. No mesmo período, o Amazonas registrou queda de 21,44% na atividade e o Ceará apresentou baixa de 15,89%. Por outro lado, as regiões onde o agronegócio é a base da economia têm registrado quedas menores.

Entre as diferentes regiões do País, a Centro-Oeste é a que apresentou o melhor desempenho, com retração de atividade de 6,16% em março e abril. A região é a maior produtora brasileira de itens como soja e carne, dois produtos cujas vendas tiveram alta durante a pandemia, puxadas, principalmente, pela demanda chinesa.

O Pará também aproveitou a forte demanda global por alimentos. “O sul do Estado é hoje todo de soja. Essa atividade agrícola permitiu que a retração não fosse tão significativa”, disse o economista Otto Nogami, do Insper-SP. Pelos dados do Banco Central, a atividade econômica paraense recuou apenas 5,22% em abril e maio, bem abaixo dos 21,44% de retração do Amazonas. Isso ocorreu apesar de Belém também apresentar sérias dificuldades para controlar o surto de covid-19.

Leia mais em O Estado de São Paulo