Enquanto a maior parte dos setores da economia vive uma crise iniciada pela chegada e avanço do coronavírus no Brasil desde março, o agronegócio já enfrentava outro problema, a estiagem, que também se agravou ao longo de 2020. Em ambos os casos, no entanto, é fato que os produtores ligados a alguma cooperativa têm melhores condições de enfrentarem aos dois percalços que marcam este ano.
Estiagem e pandemia afetaram agricultura e pecuária de diferentes maneiras, e também são diferentes os impactos no cooperativismo rural. Enquanto as cooperativas dedicadas à industrialização de alimentos (como carnes) têm um cenário um pouco mais favorável, aquelas mais fortemente dedicadas aos grãos encontram dificuldades maiores, de acordo com o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (Fecoagro-RS), Paulo Pires.
“A safra 2019/2020 foi marcada pela estiagem, com 47% de quebra na soja, segundo a Rede Técnica Cooperativa (RTC), e 30% no milho. E o grande alicerce das cooperativas agrícolas está na produção e recebimento de safra e venda de insumos. Então temos um faturamento bem aquém de anos anteriores. Este ano vai ser complicado”, lamenta o dirigente da Fecoagro-RS.
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