Porto Alegre, sexta, 20 de setembro de 2024
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TRF4 decidirá se o “Uber dos ônibus” pode operar na região Sul do país

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Ação movida pelas empresas de ônibus intermunicipais pretende barrar a Buser, aplicativo de fretamento colaborativo. Foto: Isadora Fonseca/Buser Brasil

 

 

O Tribunal Regional Federal da 4a Região iniciará no próximo dia 14 o julgamento de uma série de ações que devem definir o transporte de mais de 11 milhões de usuários em diversas cidades da região Sul. Empresas de ônibus intermunicipais e interestaduais tentam barrar a Buser, aplicativo de fretamento colaborativo. A startup, conhecida como o “Uber dos ônibus”, alega que o modelo de atuação já é reconhecido por decisões da Justiça Federal em todo país.

Em comunicado no site oficial da plataforma, a Buser informa que, desde o início da sua atividade, em 2017, atende mais de 2 milhões de usuários no Brasil e que outras regiões do país já economizaram, juntas, R$150 milhões viajando com a Buser somente nos últimos dois anos.

A startup alega que o preço mais baixo (cerca de 60% abaixo do mercado tradicional) se deve ao rateio realizado pelos usuários, que contratam as empresas de frete de ônibus, ao invés de comprar passagens em rodoviárias.

“O que buscamos é trazer para as rodovias a revolução que os aplicativos promoveram nas cidades. Assim como o Uber fez com que o táxi melhorasse, a Buser faz com que os serviços da rodoviária melhorem, e quem ganha é o consumidor”, diz o presidente da Buser, Marcelo Abritta.

Apesar de ter sido pioneira no setor, inaugurando a abertura em um mercado que tradicionalmente era dominado por grandes grupos com operações há décadas, a Buser não é a única startup que pode ser afetada pela decisão. Outros concorrentes, como 4Bus, ÁguiaFlex, WeMobi também disputam o mercado, além da entrada do aplicativo de caronas BlaBlaCar no setor de ônibus.

No comunicado, a Buser ainda alega que a decisão, que está nas mãos das desembargadoras Vânia Hack de Almeida e Marga Barth Tessler, irá afetar mais de 60 cidades no Sul do Brasil que somadas possuem população superior a 12 milhões de pessoas. “Ao todo, serão mais de 5.000 km de rodovias do sul onde a mobilidade do futuro pode não chegar”, afirma a publicação.