Porto Alegre, domingo, 22 de setembro de 2024
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RS: Concorrência com setor supermercadista agrava crise no comércio de bens e serviços

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Entre os itens não essenciais estão bazar, têxtil, calçados, brinquedos e eletrodomésticos ANA PAULA APRATO/ARQUIVO/JC

As perdas acumuladas pelo comércio de bens e serviços, que levaram lojistas de todo o Rio Grande do Sul a fecharem as portas para cumprir decretos que buscam conter a pandemia do novo coronavírus, ganharam mais um agravante. A venda de itens não essenciais pelo setor supermercadista – bazar, têxtil, calçados, comida pronta, brinquedos, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e decoração, para citar alguns exemplos – tem preocupado empresários e entidades representativas. As estatísticas reforçam o temor do segmento.

Uma das mais recentes, a pesquisa “Projeção de Vendas” do Ibevar (Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo), revela que as vendas do varejo ampliado sofreram uma redução de 18,47% em junho na comparação com o mesmo mês de 2019. Apenas os ramos de artigos farmacêuticos e hiper e supermercados registraram crescimento em junho, com 8,02% e 19,18%, respectivamente, em relação ao mesmo período do ano passado. O estudo aponta quedas nas vendas dos ramos de tecidos, vestuários e calçados (47,98 pontos percentuais – p.p.), outros artigos de uso pessoal e doméstico (34,59 p.p), equipamentos de escritório (29,47 p.p.), móveis e eletrodomésticos (25,66 p.p.).

Embora não seja possível saber o quanto das vendas do setor supermercadista se refere a itens fora do conceito de primeira necessidade – que são alimentos e produtos de higiene e limpeza -, o fato é que essas mercadorias estão disponíveis ao consumidor de forma presencial, o que não ocorre com o varejo localizado nas zonas de bandeiras vermelha e preta – consideradas de maior risco. A solução apontada por entidades representativas é comum: não se trata de impedir hiper e supermercados de vender, mas permitir o funcionamento geral, desde que cumpridos com rigor os protocolos de saúde.

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