Porto Alegre, terça, 26 de novembro de 2024
img

Governo consegue na Justiça encerrar interdição da Cadeia Pública de Porto Alegre

Detalhes Notícia
Juíza concluiu que há plano de ação contemplando a prevenção da Cocid-19 dentro da casa prisional. Foto: Arthur Puls / CP Memória

 

 

Após atuação conjunta da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e da Secretaria da Administração Penitenciária (Seapen), uma decisão da juíza da 1ª Vara de Execuções Criminais, Sonáli da Cruz Zluhan, publicada nesta terça-feira (4/8), colocou fim à interdição da Cadeia Pública de Porto Alegre.

A manifestação apresentada em juízo na última sexta-feira (31/7) buscou a reconsideração da decisão proferida em 21 de julho e esclareceu as medidas tomadas pela administração penitenciária no sentido de evitar a propagação da Covid-19 dentro da unidade, buscando o adequado acompanhamento dos pacientes infectados ou que apresentavam sintomas da doença.

Nas razões entregues, construídas conjuntamente pela PGE e Seapen, demonstrou-se que durante a atual pandemia houve a suspensão da entrada de visitantes na cadeia e, para proporcionar a manutenção dos vínculos familiares dos detentos, passou-se a adotar visitas por meio de áudio ou videochamadas.

Além disso, o Decreto Estadual 55.129/2020 instituiu o grupo interinstitucional de monitoramento das ações de prevenção e mitigação dos efeitos da pandemia de Covid-19 no âmbito do sistema prisional gaúcho com o objetivo de unir esforços para o adequado enfrentamento da doença. Ainda no mês de abril, o grupo validou o plano de contingência do sistema prisional, estabelecendo fluxos dos procedimentos a serem adotados, como, por exemplo, a triagem e o isolamento pelo período de quarentena de pessoas presas na Região Metropolitana, em espaço apropriado, na Penitenciária Estadual de Canoas.

Também reforçaram as medidas já implantadas a edição da Nota Técnica 1/2020 e a edição da OS 2/2020, que dizem respeito a equipamentos e máscaras de proteção e trazem diversas orientações para o correto enfrentamento da pandemia. Osw documentos contêm procedimentos de prevenção para os estabelecimentos prisionais e a serem adotados no recebimento de presos e em caso de suspeita de contaminação por Covid-19, além de exigir do público externo protocolos sanitários.

A Brigada Militar, que atualmente está à frente da administração da Cadeia Pública de Porto Alegre, elaborou protocolo específico para o enfrentamento da Covid-19 na unidade.

Após essas informações, a juíza concluiu que há plano de ação contemplando a prevenção da pandemia dentro da casa prisional, motivo pelo qual é viável a liberação da unidade. “Entendo que o plano possibilita controle da doença, com perspectivas de tratamento e amplo atendimento ao preso que a contraia. Assim, por ora, é possível, após o decurso do prazo de 15 dias previsto com a interdição, liberar a entrada de apenados na CPPA mediante controle que já estava sendo feito anteriormente”, frisou.