Porto Alegre, sexta, 26 de abril de 2024
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Distanciamento controlado: de inovador a contestado, a trajetória do modelo que enfrenta a covid-19 no RS Sul 21

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Com a população aparentando menos preocupação e o comércio abatido, o Rio Grande do Sul alcançou a inglória marca de 2 mil mortes por covid-19. Foto: Luciano Lanes/PMPA

 

 

O modelo de distanciamento controlado sofreu, nos últimos dias, a mais dura contestação por parte de prefeitos do interior desde quando foi criado pelo Governo do Estado, no início de maio. Revoltados com as restrições impostas pela bandeira vermelha e cada vez mais pressionados por comerciantes e entidades empresariais, os prefeitos de Caxias do Sul, Veranópolis, Bento Gonçalves, Guaporé, Nova Prata e Garibaldi publicaram decretos próprios, desrespeitando a bandeira vermelha e adotando um modelo mais flexível de restrições, algo como uma bandeira intermediária, entre a laranja e a vermelha.

O Ministério Público Estadual (MPE) agiu em todos os casos. Alegou que o decreto estadual que criou o sistema de bandeiras não foi modificado e, portanto, alterações individuais são ilegais. As ações do MPE foram bem sucedidas e acatadas pela Justiça, que suspendeu os decretos municipais e manteve as restrições do modelo de distanciamento controlado. Apesar das vitórias jurídicas, a insubordinação dos prefeitos revelou o grau de desgaste enfrentado pelo Governo do Estado depois de três meses em vigor do sistema de bandeiras.

No dia 21 de abril, quando anunciou o distanciamento controlado e explicou seu funcionamento, o governador Eduardo Leite disse que o modelo precisaria de um pacto com a sociedade para equilibrar a prioridade à vida com a retomada econômica. Na ocasião, Leite afirmou que o novo modelo não seria uma flexibilização aleatória, abertura desordenada ou volta à normalidade. Disse ainda que a população precisaria compreender a necessidade de conviver com o vírus por bastante tempo, repudiou a hipótese de deixar a população se contaminar para alcançar a chamada “imunização de rebanho” e manifestou o desejo de que o modelo do distanciamento controlado pudesse se tornar uma referência para outros estados.

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