Porto Alegre, sexta, 26 de abril de 2024
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Recuperação do Brasil pode ser rápida graças ao perfil dos brasileiros, dizem executivos

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Em debate promovido pelo Hospital Moinhos, empresários defenderam investimentos em educação e empreendedorismo

 

 

Os desafios econômicos e sanitários impostos pela pandemia de COVID-19 e o futuro do Brasil nesse cenário foram debatidos por quatro grandes executivos do país na noite desta quarta-feira (19). A live Moinhos Talks reuniu Jorge Gerdau Johannpeter, membro do grupo de controle da Gerdau; Sérgio Rial, presidente executivo do Banco Santander; Eduardo Bier, fundador da Dado Bier e presidente da Associação Hospitalar Moinhos de Vento; e Mohamed Parrini, superintendente executivo do hospital. Dentro do tema “Qual o futuro do Brasil para os próximos 10 anos?”, eles defenderam as áreas que devem ser definidas como prioridade para que o país cresça – além de destacarem qualidades dos brasileiros que podem ajudar a superar os desafios.

O convidado Sérgio Rial iniciou o debate com uma reflexão. Ao dizer que o “subdesenvolvimento é relativo”, o presidente executivo do Banco Santander reforçou que o Brasil já possui bolsões de excelência. Ele pontuou as três “fortalezas nacionais” que precisam ser valorizadas: o agronegócio, a biodiversidade e o capital humano. “Mesmo com as dificuldades financeiras, brasileiros são engajados tecnologicamente, se adaptam facilmente às adversidades e são criativos”, elogiou. “Temos tanta capacidade de criar e empreender quanto à China. Precisamos, juntos, dar as condições para que as pessoas possam empreender. Muitos têm a ideia, sabem fazer, mas não têm os recursos”, disse.

Para Jorge Gerdau, também são as pessoas o principal capital do Brasil. O empresário mostrou preocupação principalmente com a educação. “Atingimos patamares de produtividade e eficiência de primeiro mundo, pelo perfil dos brasileiros. Fazemos muito com pouco. Mas a sociedade precisa se envolver mais na política e definir a educação como prioridade. Saúde e segurança é mais fácil de resolver. Mas a formação é para a vida, para o futuro, para a sobrevivência”, salientou.

Em linha com os demais participantes, Eduardo Bier falou sobre a omissão dos bons na política e da necessidade de educar os potenciais empreendedores. “Eu vejo muitas oportunidades para o empreendedorismo. Na Europa e nos Estados Unidos os espaços estão muito ocupados. O mercado é bom, mas está cheio. Aqui nós temos muitas coisas para serem feitas. Mas precisamos formar, qualificar, criar estruturas mais robustas para dar apoio a quem quer empreender”, afirmou. O empresário e presidente da Associação Hospitalar Moinhos de Vento listou características como ousadia, criatividade e adaptação como trunfos dos brasileiros.

Para Mohamed Parrini, a prioridade deve ser centrada na educação e no desenvolvimento humano. “São as pessoas que, neste momento de pandemia, estão se adaptando e buscando as soluções. A gente percebe que a ousadia e o espírito colaborativo estão muito presentes entre aqueles que conseguem superar as adversidades”, salientou. O superintendente executivo do Hospital Moinhos de Vento destacou avanços e ações colaborativas, em parceria entre sociedade civil, iniciativa privada e poder público, como soluções neste momento desafiador.

A live foi transmitida pelo canal da instituição no YouTube.