O advogado Fábio Medina Osório lamentou que o governador afastado Wilson Witzel, ex-sócio de seu escritório, não tenha ouvido seus dois conselhos: livrar-se de colaboradores “de conduta imprópria” e não romper com o presidente Jair Bolsonaro. Ele frisa que teve com Witzel apenas uma relação republicana.
O nome do senhor figura no relatório produzido pelo Ministério Público Federal para fundamentar a operação que afastou o governador Wilson Witzel, seu ex-sócio. O que pode dizer sobre isso?
A atuação do escritório no governo do Rio e em poderes públicos em geral sempre foi pautada pela legalidade e pela ética. Na relação com o governo do Rio, o escritório atuou em processos com procuração, petições, despachos e com interlocução institucional qualificada. As relações sempre foram republicanas.
O senhor admite que intermediou o pagamento de uma dívida milionária do governo a Masgovi, fornecedora de quentinhas para o sistema penitenciário?
No caso Masgovi, houve atuação, com procuração nos autos, petições, obtendo descontos para o estado. O valor da dívida era de R$ 48.456.931,27. Houve desconto real de R$ 8.526.000,00 em benefício do governo; além disso, a Masgovi se comprometeu a investir R$ 10 milhões na conclusão de duas indústrias lácteas no Rio, que vão gerar mais de 200 empregos diretos e o retorno do valor quitado pelo estado em até cinco anos pelo ICMS. Esta petição passou pelos dois secretários, da Fazenda e da Seap. Em razão do desconto, você obtém o valor antecipado. Negociação normal.
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