Porto Alegre, quarta, 25 de setembro de 2024
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Pandemia congela tradições e esquenta rivalidade entre Lula e Bolsonaro no sertão; Folha de São Paulo

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Covid leva a cancelamento de eventos, impacta renda local e 'impõe' máscaras até em estátuas de personagens simbólicos. Reuters

 

 

Josefa Camilo de Almeida, 72, mora na avenida Coronel Chico Romão, principal via de Serrita, município de 19 mil habitantes no sertão pernambucano. Mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus, ela mantém um hábito comum em cidades do interior: sentar à porta de casa e olhar o movimento.

Em uma cadeira de plástico sob a sombra de uma árvore frondosa, que aplaca o calor sertanejo de 32°C, ela diz ter medo de contrair a Covid-19, apesar de dispensar o uso de máscara para conversar com a vizinha, também sem máscara, acomodada em uma cadeira apenas meio metro ao seu lado.

Dona Josefa é aposentada desde os 56 anos e por isso não teve dificuldades financeiras quando a pandemia forçou um isolamento social e reduziu drasticamente a renda de milhões de brasileiros. Apesar disso, elogia o governo de Jair Bolsonaro pelo auxílio emergencial aos que perderam renda em decorrência da pandemia.

Em Serrita, 39% da população são beneficiados diretamente pelo benefício, segundo o governo. “Ele [Bolsonaro] não é uma pessoa má, porque quem não está trabalhando também está recebendo”, diz, em referência às parcelas de R$ 600 pagas pelo Estado.

Questionada sobre como avalia o presidente em relação a governos anteriores, ela diz ainda preferir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Por quê? Ela sorri e diz: “Porque ele dava valor aos pobres”.

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