Porto Alegre, quarta, 25 de setembro de 2024
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Igrejas querem usar reforma tributária para ficarem imunes a mais tributos; O Estado de São Paulo

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Templos já buscam perdão para dívidas antigas de R$ 1 bi com a Receita; líder da bancada evangélica apresentou emenda que pretende estender a imunidade a todos os tributos das instituições. O deputado Silas Câmara propôs a emenda que amplia a imunidade das igrejas. Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

 

 

Em busca de perdão para dívidas passadas com a Receita Federal, as igrejas querem ampliar sua imunidade constitucional para afastar o recolhimento de tributos no futuro. Uma emenda apresentada pela bancada evangélica no âmbito da reforma tributária quer tornar os templos religiosos imunes ao pagamento de qualquer tipo de tributo, inclusive as contribuições. Hoje, essas instituições só são livres de impostos.

A emenda, apresentada no ano passado pelo líder da bancada evangélica, deputado Silas Câmara (Republicanos-AM), pretende estender a imunidade a todos os tributos incidentes sobre propriedade, renda, bens, serviços, insumos, obras de arte e até operações financeiras (como remessas ao exterior) das igrejas. A justificativa é garantir que não haja qualquer restrição à liberdade religiosa.

“A União, em resposta às várias crises fiscais que ocorreram ao longo das últimas décadas, promoveu sucessivos aumentos de contribuições e outros tributos que estão fora do alcance da imunidade tributária para as entidades religiosas, o que acabou por reduzir a efetividade da proteção à liberdade de culto, tal qual concebida pelo constituinte originário”, diz a justificativa da emenda.

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