De chefe da Casa Civil, um dos cargos centrais do governo, Onyx Lorenzoni está hoje isolado no Ministério da Cidadania. O ministro que mantinha agendas diárias com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto agora é recebido cada vez menos no gabinete presidencial. Durante o mês de outubro, Onyx só esteve com Bolsonaro duas vezes, segundo dados públicos do governo. Neste ano em que perdeu a cadeira no Planalto em fevereiro, participou de 59 agendas com o presidente até outubro, contra 199 registros no gabinete presidencial no primeiro ano do governo. Uma redução de 70% que condiz com a perda de influência.
A aliados, o presidente não esconde a irritação com o trabalho do ministro. Reservadamente, Onyx é criticado por Bolsonaro por não entregar resultado e tocar a pasta de forma bem diferente que os elogiados Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura, ou Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional. Bolsonaro tem demonstrado incômodo com o interesse de Onyx em disputar o governo do Rio Grande do Sul em 2022. O presidente tem repetido a interlocutores que seu ministro só pensa na eleição, focado nas questões regionais, e deixa a desejar nas missões do governo federal.
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