Porto Alegre, terça, 01 de outubro de 2024
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A China se movimenta no tabuleiro global à espera da chegada de Biden à Casa Branca; El País

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Pequim fecha acordos, tenta se mostrar como líder multilateral, isola os EUA e investe na estratégia de desenvolver seu mercado interno, embora crie rusgas com a Austrália. O presidente chinês Xi Jinping fala durante a cúpula virtual da APEC, o foro de cooperação econômica Ásia-Pacífico.LIM HUEY TENG / REUTERS

 

 

Faltando dois meses para a troca de comando na Casa Branca e aguardando pistas sobre os rumos do futuro Governo de Joe Biden, a China já começou a se movimentar no tabuleiro geoestratégico global. Depois da assinatura do maior acordo comercial do mundo, o RCEP, que não tem a participação dos EUA, o presidente chinês, Xi Jinping, quer posicionar seu país como o grande líder do multilateralismo nas cúpulas internacionais que se realizam nestes dias, por videoconferência. Na cúpula da APEC― o fórum de cooperação econômica da Ásia e do Pacífico― o líder afirmou que não haverá o que ele chama de “desacoplamento”: a possibilidade de ruptura econômica absoluta entre a China e os Estados Unidos. Mas a benevolência que mostra nas cúpulas contrasta com a atitude mais áspera em relações mais espinhosas: as tensões com a Austrália, um firme aliado norte-americano, dispararam nesta semana.

No tabuleiro asiático, a ótica e as formas importam ―e muito―na condução das relações internacionais. Na cúpula da APEC, a China somou um novo ponto, depois da vitória obtida com a assinatura do RCEP no último domingo. O contraste entre as duas grandes potências não poderia ser maior. Até o último momento ainda não se sabia se por fim o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, interviria. Finalmente, na sexta-feira, ele participou de uma videoconferência com os outros líderes, mas, ao contrário de Xi, não fez nenhum discurso público. A participação foi sua primeira neste fórum desde 2017, a única ocasião em que compareceu pessoalmente a esta cúpula durante sua presidência.

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