Seis meses depois de deixar o Ministério da Saúde, o ex-secretário de Vigilância Epidemiológica Wanderson de Oliveira ainda costuma receber ligações de secretários estaduais para trocar informações sobre políticas de enfrentamento ao coronavírus. O enfermeiro responsável por formular as primeiras estratégias de combate à pandemia do Brasil resistiu, por três meses, às turbulências políticas e ideológicas que tomaram a pasta em meio à crise sanitária, mas deixou o cargo depois de duas trocas de ministro. Servidor com duas décadas de experiência na saúde pública, saiu colocando-se à disposição para contribuir com Eduardo Pazuello, que poucos dias antes havia se tornado ministro interino. Mas desde sua saída não tem qualquer contato direto com a pasta. Oliveira hoje presta consultoria formalmente aos Governos de São Paulo e de Pernambuco e, nos bastidores, diz que está sempre “trocando ideias” com gestores de outros Estados. “Escolas, para mim, têm que voltar. Escola não é vetor de transmissão. Já está demonstrado em alguns municípios do Brasil e também do exterior que escola aberta é muito mais segura do que bares e restaurantes”, diz ele.
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