A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter em 2% a taxa Selic, em reunião nessa quarta-feira (9), se deve à percepção do Banco Central de que a pressão inflacionária verificada nos últimos meses, levando as expectativas para um nível acima da meta para 2020, preocupa, mas deve ser vista como temporária. A avaliação é da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), ao considerar que essa pressão não contamina as expectativas de cumprimento da meta em 2021. “A escalada inflacionária nos últimos meses assusta, mas é preciso lembrar que na medida em que as cadeias produtivas forem normalizadas, devemos ter uma estabilização dos preços ao longo do próximo ano”, diz o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry.
Segundo a entidade, mesmo apresentando uma melhora relativa desde a última reunião do Copom, outro fator a justificar a cautela do Comitê é o risco fiscal, com a ameaça de que o teto de gastos não seja cumprido em 2021.