O ex-CEO da Renault-Nissan-Mitsubishi Carlos Ghosn e a esposa dele, Carole, já tiveram quase € 13 milhões de seu patrimônio e contas bancárias imobilizados pela Receita francesa em uma megainvestigação de sonegação fiscal. A informação é revelada com exclusividade nesta segunda-feira (14) pelo jornal Libération, que dedica quatro páginas aos detalhes das montagens financeiras que permitiram ao franco-líbano-brasileiro escapar do fisco.
A Receita francesa considera que a mudança de domicílio fiscal de Carlos Ghosn para a Holanda, em 2012, foi fictícia. Por isso, o Ministério das Finanças bloqueou vários imóveis de Ghosn, como seu apartamento comprado por de € 5,9 milhões em 2019 em Paris, a metade de uma mansão que ele possui com sua primeira esposa nos arredores da capital francesa, 538 mil ações da Renault e títulos financeiros no valor de € 500 mil.
A imobilização dos recursos foi validada pela Justiça em 7 de fevereiro passado. Desde então, o ex-executivo, que fugiu do Japão para o Líbano, negocia com o fisco francês o valor das multas definitivas. Um especialista em tributação diz nas páginas do Libération que o montante global pode chegar a € 13 milhões ou mais.
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