Porto Alegre, quinta, 03 de outubro de 2024
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‘The New York Times’ admite ter publicado falso relato sobre o Estado Islâmico; El País

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O jornal lamenta que seu bem-sucedido podcast ‘Caliphate’ não tenha atingido os devidos padrões de veracidade e qualidade. Rukmini Callimachi e seu colega Andy Mills, após receber um prêmio por ‘Caliphate’ em 2019, em Nova York.BRAD BARKET / AP

 

 

O jornal The New York Times, referência jornalística mundial e alvo habitual das investidas de Donald Trump contra a imprensa, entoou um sonoro mea culpa por não ter atingido seus padrões de qualidade num de seus produtos de maior sucesso, o podcast Caliphate, em que em 12 capítulos relata a barbárie do Estado Islâmico (EI). O jornal assume ter difundido “uma história de falsidades” por parte da fonte principal, um suposto membro do EI que retornou da Síria, e lamenta não ter podido encontrar “nenhuma confirmação de que ele [a testemunha] cometeu as atrocidades descritas no podcast”. O Times conclui que os episódios de Caliphate que reproduzem as declarações do terrorista fabulador “não cumpriam” com seus “padrões de veracidade”.

Além de novo destaque na trajetória do jornal, Caliphate, publicado em 2018, parecia a coroação do sucesso profissional da jornalista Rukmini Callimachi, especialista em terrorismo islamista. Tudo começou a desmoronar em setembro, quando a testemunha sobre a qual se baseia todo o relato, Shehroze Chaudhry – que dizia ter ingressado no EI em 2016 na Síria–, foi detida no Canadá por falso testemunho e engano em relação à sua atividade jihadista. Além de provocar uma tempestade política no país vizinho, a prisão de Chaudhry fez soar o alarme no matutino, que empreendeu duas investigações paralelas cujo resultado foi divulgado na última sexta-feira.

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