Porto Alegre, sexta, 04 de outubro de 2024
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Incertezas com fim de ajuda do governo e repique da Covid fomentam protestos contra fechamento do comércio; Folha de São Paulo

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Prefeitos enfrentam maior resistência a isolamento; em Manaus e Búzios, manifestantes conseguiram reverter medidas. Funcionários do setor de turismo de Angra dos Reis, no litoral sul do Rio de Janeiro, fecham o trevo de acesso à cidade na BR-101 (Rodovia Rio-Santos), na manhã desta segunda-feira (28). - Maria Mariana/ TV Rio Sul

 

 

Nesta segunda (28), trabalhadores de Angra dos Reis, no litoral sul do Rio de Janeiro, bloquearam o acesso à cidade em protesto contra restrições ao turismo na cidade. Cerca de 300 quilômetros dali, em Juiz de Fora (MG), houve protesto em frente à prefeitura contra o fechamento do comércio.

As mobilizações das duas cidades repetem movimentos já ocorridos em Búzios, também no litoral fluminense, e em Manaus, que conseguiram reverter a adoção de medidas restritivas à circulação de pessoas para tentar conter o repique de casos de Covid-19.

A maior resistência ao isolamento social e ao fechamento dos estabelecimentos ocorre dias antes do encerramento dos programas do governo que socorreram empresas e trabalhadores, como o auxílio emergencial.

Na avaliação de especialistas, os sinais são de que a falta de apoio de uma política pública, associada ao fechamento de lojas, bares e restaurantes, estão fomentando o temor de que possa ocorrer uma piora no mercado de trabalho e na capacidade de compra do consumidor.

“Há uma incerteza muito grande em relação ao ano que vem, com o fim do auxílio e a piora dos casos de Covid, e isso pode estar ajudando a fomentar esses casos extremos nos últimos dias”, avalia o economista da FGV IBRE, Rodolpho Tobler. “Sem socorro, muitas empresas não terão fôlego suficiente para fechar outra vez.”

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