Porto Alegre, domingo, 06 de outubro de 2024
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Bilionário condenado por corrupção em Genebra: “A Vale agiu com profundo cinismo, vou desmascará-la”; El País

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Beny Steinmetz recorre da sentença que o condenou a cinco anos de prisão por subornos para a compra de mina na República da Guiné, vendida depois para a mineradora brasileira. O magnata israelense Beny Steinmetz, em 22 de janeiro, quando foi condenado em Genebra por corrupção.SHAUN CURRY / EUROPA PRESS

 

 

Condenado por corrupção no Tribunal de Genebra no último dia 22, o bilionário israelense Benjamin Steinmetz partiu para o ataque. Beny, como é conhecido, fechou um acordo de joint-venture com a mineradora Vale para explorar uma mina da República da Guiné. Por 51% dessa operação, a empresa brasileira pagou 2,5 bilhões de dólares uma década atrás. A nova aliança seria batizada de VBG. Um ano depois, uma auditoria realizada no país africano já sob um novo presidente, Alpha Condé, indicava que a concessão de seu antecessor ―o ditador Lansana Conté― ao bilionário, dono da Beny Steinmetz Group Resources (BSGR), havia ocorrido em troca de um pagamento de subornos.

Nos anos seguintes, o caso passou a ser investigado nos Estados Unidos, na Suíça e em Israel, enquanto a Vale abriu um processo no Tribunal de Arbitragem Internacional, em Londres, contra o ex-parceiro. O Tribunal apontou que o empresário omitiu informações da Vale ao ingressar na sociedade, entre elas o pagamento de propinas. O assunto cresceu, até chegar a Genebra, cujo desfecho não podia ser pior para Beny. Foi condenado na semana passada a cinco anos de prisão pela Corte local, por ter organizado a transferência de pelo menos 8,5 milhões de dólares de 2006 a 2012 para garantir o direito de explorar a mina de ferro. Um “pacto de corrupção” teria sido fechado com o ex-presidente Lansana Conté, e sua quarta esposa, Mamadie Touré.

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