Porto Alegre, domingo, 06 de outubro de 2024
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Bolsonaro diz que pedirá acesso a mensagens da Lava Jato e cita venda de informações do Coaf; O Estado de São Paulo

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Presidente afirma que foi citado nas conversas envolvendo ex-juiz Sérgio Moro e procuradores: ‘Vocês vão cair para trás’. ‘Mandei pedir aquela matéria hackeada que está na mão do PT, na mão do (ex-presidente) Lula. Tem meu nome lá’, afirmou Bolsonaro nesta sexta-feira, 12 Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino

 

 

A exemplo do que fez o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu adversário político, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira, 12, que pedirá ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ter acesso a mensagens envolvendo o ex-juiz Sérgio Moro e procuradores da Lava Jato que foram vazadas por hackers em 2019. Parte do conteúdo segue sob sigilo, mas o presidente disse ter sido informado, sem revelar por quem, que seu nome aparece nas conversas e, por isso, também tem direito a conhecer o que foi tratado. Ele não apresentou provas disso.

Em 2019, o presidente disse que o vazamento das mensagens era “criminoso” e duvidou do conteúdo revelado. “Vazou. Se vazar o meu aqui tem muita brincadeira que faço com colegas . Houve uma quebra criminosa, uma invasão criminosa. Se é que o que está sendo vazado é verdadeiro ou não”, afirmou na época.

‘Mandei pedir aquela matéria hackeada que está na mão do PT, na mão do (ex-presidente) Lula. Tem meu nome lá’, afirmou Bolsonaro nesta sexta-feira, 12 Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino
A mudança de posição do presidente foi explicada por ele onte. Enquanto a intenção de Lula é usar as mensagens para provar a parcialidade de Moro ao condená-lo, Bolsonaro admitiu que seu objetivo é colocar em xeque o trabalho de órgãos de fiscalização, numa estratégia que pode beneficiar seu filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro.

Citando o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Bolsonaro disse que quer “pegar o cara que vendia informações”. Foi com base em um relatório do órgão sobre movimentações atípicas do ex-assessor Fabrício Queiroz que o Ministério Público iniciou a investigação na qual acusa Flávio de comandar um esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

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