Porto Alegre, quarta, 27 de novembro de 2024
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Estados e municípios têm sobra de R$ 82,8 bilhões em caixa; Correio Braziliense

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Estados e municípios têm sobra de R$ 82,8 bilhões em caixa Com a suspensão do pagamento das parcelas da dívida pública à União, estados e municípios estão com sobra no cofre. Enquanto especialistas aconselham mirar no auxílio emergencial, governos reforçam a necessidade de avançar com as pautas fiscais. (crédito: Maurenilson Freire/CB/D.A Press)

 

Diferentemente da União, que começa este ano com um deficit primário histórico, estados e municípios brasileiros entram em 2021 com as contas no azul. Dados do governo explicam que, enquanto a União amargou um rombo fiscal de R$ 745,3 bilhões em 2020 por conta da pandemia da covid-19, os governos regionais obtiveram um superavit primário de R$ 38,7 bilhões e, por isso, acabaram o ano com R$ 82,8 bilhões em caixa. O resultado foi o melhor dos últimos 20 anos e, segundo especialistas, poderia ser usado para reforçar o auxílio emergencial neste ano. Estados e municípios dizem, no entanto, que o fôlego financeiro é circunstancial. Por isso, reforçam a necessidade de avançar com pautas fiscais como a PEC Emergencial e as reformas neste ano.

O superavit de R$ 38,7 bilhões registrado pelos estados e municípios em 2020 é o melhor da série histórica do Banco Central (BC), iniciada em 1991. Até então, o melhor resultado havia sido o de 2011, quando as receitas superaram as despesas dos entes regionais em R$ 32,9 bilhões. O resultado é mais que o dobro do obtido em 2019, quando os estados e municípios tiveram superavit de R$ 15,2 bilhões. Assim, acumularam um volume de caixa inédito.

Segundo levantamento do Tesouro Nacional, o caixa dos governos regionais praticamente dobrou, saltando de R$ 42,6 bilhões em 2019 para R$ 82,8 bilhões em 2020. É o melhor resultado desde 2001, quando começaram as medições do Tesouro Nacional. O saldo, porém, não é fruto de uma melhora na situação fiscal dos governos regionais, que, assim como a União, vêm tentando lidar com o aumento dos gastos de pessoal e com a redução dos investimentos há anos.

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