Porto Alegre, quarta, 27 de novembro de 2024
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Porto Alegre: Projeto de revitalização do Mercado Público está orçado em R$ 35 milhões

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Com um investimento previsto em R$ 35 milhões, a Associação do Comércio do Mercado Público Central (Ascomepc) aguarda o aval do prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, e posterior aprovação na Câmara Municipal de Vereadores, para dar encaminhamento ao projeto de revitalização do Mercado.

O estudo, apresentado à imprensa nesta terça-feira (18), foi realizado tendo como base uma ampla análise sobre o Mercado Público, composta por estudos e informações relacionadas à sua estrutura espacial, logística, econômica e de gestão. Para elaborar o estudo de pré-viabilidade, a Ascomepc contratou uma equipe multidisciplinar composta por profissionais com portfólio em projetos similares: o escritório de arquitetura e urbanismo Natureza Urbana, BRL Parcerias (modelagem econômica), Lunak Consult (modelagem operacional), Domingues & Matos Advogados (modelagem operacional) e RMMG Advogados (modelagem jurídica).

O Mercado possui um total de 6.073 m² de área bruta locável (ABL), sendo 33,5% desse total de áreas vagas, as quais se concentram no 2º andar. Atualmente, são 19 lojas disponíveis e 2 frontões disponíveis no 2º andar e três lojas no 1º andar.

O projeto apresenta diretrizes que visam fortalecer o Mercado Público como um grande destino de usos múltiplos, modernizado e alinhado ao contexto e demandas atuais, gerido sem barreiras para que o Mercado continue a contar a história local pelos próprios porto-alegrenses, pela cultura gaúcha, pelas relações afetivas, culturais, históricas e imateriais tão relevantes para a cidade e sua população. São elas:

1) Estratégias sustentáveis e inovação: Alinhar-se às tendências mundiais e para além da indispensável responsabilidade ambiental, consolidar políticas e práticas e transformar desafios como sustentabilidade energética, gestão de resíduos e outros em oportunidades para viabilidade do negócio.

2) Fortalecimento da atratividade turística: Posicionamento do Mercado com os valores que os distinguem; aumento da permanência do turista na região com o incremento de melhorias, ampliação do mix e proposição de novas experiências.

3) Valorização da cultura e memória local: Consolidar espaços dedicados a manifestações e eventos culturais e religiosos, gastronômicos, artísticos; fortalecer a venda de produtos locais, fomentar o valor e conhecimento sobre os produtos, promover iniciativas educacionais voltadas a escolas, dentre outros.

4) Espaços de uso múltiplo: Proposição de novos usos e locais para atividades diversas que fomentem maior conexão e uso otimizado do espaço, propiciando inclusive espaços de formação, capacitação, trabalho e locais de interação do público com as atividades do mercado – como demonstração e apresentação de produtos, festivais gastronômicos e outros.

5) Extensão para o espaço público: Intervenções no Mercado Público podem se tornar um impulso para revalorização do centro histórico e uso dos espaços públicos do entorno; promoção de atividades do Mercado e eventos nas praças e espaços do entorno.

A Ascomepc propôs à prefeitura a realização das obras e demais melhorias, além de uma visão inovadora para o local, em troca da permanência da gestão do Mercado Público por 25 anos. Para os permissionários, as saídas de caixa do projeto ao longo desse período de operação é composta pelos itens: Capex (investimentos, onde o aluguel e as luvas serão usados para esse fim), Opex (condomínio para custear os gastos com a operação do mercado), Tributos (PIS, COFINS, IRPJ e CSLL) e NIG. Os três primeiros anos são os que representam as maiores saídas de caixa em virtude dos investimentos iniciais programados. Após esse período as saídas de caixa reduzem significativamente, em virtude do fim dos Investimentos Iniciais (obras) e uso de novas tecnologias implementadas.

Nesta quarta-feira (17), foi realizada uma assembleia geral com a participação do permissionários onde foi aprovada por unanimidade essa proposta encaminhada à prefeitura. De acordo com a presidente da Ascomepc, Adriana Kauer, tudo está sendo feito de forma correta para que o projeto possa ser executado sem sobressaltos. “A estimativa é que tenhamos três anos de obras, sendo que a reabertura do segundo andar é a nossa prioridade e pode sair do papel, desde que o projeto seja aprovado pela prefeitura, em 120 dias”, revela.