O jornal Libération desta sexta-feira (5) traz uma matéria sobre o aumento de casos e óbitos por Covid-19 no Brasil. Sem estratégia nacional de combate ao coronavírus, o país registrou quase 2.000 mortos na quarta-feira (3), enquanto a campanha de vacinação avança lentamente.
A matéria da correspondente do Libération no Brasil, Chantal Rayes, diz que tudo isso acontece “sem uma palavra de compaixão do presidente Jair Bolsonaro”.
O ano começa mal na maior parte dos países da América Latina e o Brasil enfrenta uma nova onda da epidemia mais grave do que as anteriores. Libération lembra que, em Manaus, onde a variante chamada P.1 foi encontrada, a segunda onda causou mais mortes – quase 6.000 – em dois meses do que durante todo o ano de 2020.
Para muitos, o “martírio” de Manaus anunciou um provável desastre humanitário nacional, diz o jornal, que destaca a lentidão da campanha de vacinação no Brasil, que não conta com o apoio do presidente Jair Bolosonaro. Para ele, “a melhor vacina é pegar a doença”. Segundo dados do Imperial College de Londres citados no texto, a taxa de reprodução do vírus no Brasil é de 1,13.
Libération responsabiliza as festas de fim de ano, as férias de verão no Hemisfério Sul e o relaxamento de medidas de confinamento em vários estados em dezembro e janeiro pelo alto índice de circulação do vírus e aumento de casos e mortes de Covid-19 no Brasil.
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