Porto Alegre, terça, 08 de outubro de 2024
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‘Com esse ambiente de incerteza, de susto, será difícil o investimento crescer', diz economista chefe do Itaú; Jornal do Brasil

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Economista-chefe do Itaú Unibanco afirma que incerteza política ameaça PIB de 2% previsto para 2022; para este ano, projeta alta de 4%, número que pode ser prejudicado pelo desenrolar da pandemia. Mario Mesquita. Credito Foto: Infomoney

 

 

Pessimista em relação ao avanço das reformas econômicas, o economista-chefe do Itaú Unibanco, Mario Mesquita, diz também estar preocupado com as incertezas políticas, que ameaçam o crescimento do PIB. “Se persistir esse ambiente de solavancos na gestão de empresas importantes, vai ser difícil a gente manter uma trajetória de crescimento do investimento. A gente, por ora, espera um crescimento em torno de 2% em 2022, mas ele pressupõe uma economia com um grau menor de incerteza do que a gente tem agora.” Mesquita acrescenta que a interferência do presidente Jair Bolsonaro na Petrobrás foi um “susto grande” para o investidor: “Quão relevante esse episódio vai se mostrar como divisor de águas, a história vai dizer. Mas os dados são incontroversos. Trincou um pouco o cristal.”

Apesar do ceticismo em relação aos próximos anos, Mesquita estava entre os menos pessimistas em 2020, apostando sempre em uma queda do PIB menos dramática que grande parte de seus concorrentes, que chegaram a prever retração entre 8% e 9%. Agora, para 2021, o economista projeta um crescimento de 4% no PIB. Pode parecer um número alto, mas, como ele estima que o carrego estatístico (quando a base de comparação – o resultado médio do PIB em 2020 – é baixa, mas o ponto de partida é elevado por conta da recuperação no último semestre do ano) seja de 3,6%, o número projetado é bastante modesto.

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