Porto Alegre, terça, 08 de outubro de 2024
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Rio Grande do Sul vive colapso da saúde, com 100% de UTIs ocupadas, sem leitos e sem horizonte de melhora

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Profissionais da saúde socorrem pacientes no CTI do Hospital das Clínicas de Porto Alegre, que até o final da semana passada tinha 126% dos leitos para pessoas em estado grave ocupados devido ao avanço da pandemia.CLOVIS S.PRATES

 

 

Aumento da infraestrutura para atender pacientes com covid-19 não alcança o ritmo da segunda onda e faltam braços para socorrer vítimas. Profissionais da saúde relatam exaustão e pacientes são atendidos em cadeiras: “Pessoas ficam mais de 24 horas sentadas”.

O Rio Grande do Sul extrapolou sua capacidade física de atender pacientes com quadro graves da covid-19 no dia 3 de março, quando o índice de ocupação de leitos de UTIs superou pela primeira vez 100%. Na rede hospitalar pública, a oferta de leitos para pessoas com quadros críticos da doença mais do que dobrou desde o início da pandemia, há um ano, e uma nova ampliação ―com 40 leitos extras― está prevista para as próximas semanas. Mas desde o final de fevereiro essa infraestrutura é insuficiente para atender a demanda, que explodiu em consequência das aglomerações recentes, somadas ao ritmo lento da vacinação e à chegada das variantes mais contagiosas do coronavírus ao Estado. Faltam braços para atender tanta gente doente. “Do ponto de vista físico, até é possível fazer uma nova adequação no hospital, porque temos um prédio novo, cujos andares estão ficando prontos e poderiam ser ofertados. O problema é que a gente esbarra nos profissionais: não temos mais médicos, enfermeiros e técnicos para trazer”, afirma a médica Beatriz Schaan, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), que possui o maior volume de leitos exclusivos para pacientes com covid-19 entre as instituições de saúde da capital gaúcha.

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