Porto Alegre, terça, 08 de outubro de 2024
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Aluna que motivou decapitação de professor francês reconheceu ter mentido; RFI

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O professor de História Samuel Paty foi assassinado em 16 de outubro de 2020, depois de ter mostrado caricaturas do profeta Maomé durante uma aula sobre liberdade de expressão. AP - Lewis Joly

 

 

Ao que tudo indica, o professor Samuel Paty foi assassinado devido a uma mentira proferida por uma aluna. É o que afirma o jornal francês Le Parisien, que teve acesso ao depoimento que a adolescente deu à polícia e revela, nesta segunda-feira (8), que a garota fez uma denúncia caluniosa.

“Essa é uma realidade tão cruel quanto revoltante: Samuel Paty morreu decapitado por causa de uma mentira ridícula de uma aluna de 13 anos”, diz o jornal Le Parisien. De acordo com as informações obtidas pelo diário, a adolescente que deu início à polêmica que resultou no assassinato do professor de História em outubro do ano passado, reconheceu ter mentido.

Diante do juiz antiterrorismo, em 25 de novembro, ela voltou atrás em seu primeiro depoimento, que data de 8 de outubro. Após vários interrogatórios, a jovem admitiu que não estava na escola durante a fatídica aula que Samuel Paty ministrou sobre liberdade de expressão. Na ocasião, o professor exibiu caricaturas polêmicas do profeta Maomé publicadas nos últimos anos pelo jornal satírico Charlie Hebdo.

A jovem provocou um forte escândalo na escola de Conflans-Sainte-Honorine, na periferia de Paris, ao acusar Paty de islamofobia. Ela primeiramente contou ao pai e depois à polícia que o professor exigiu que os alunos muçulmanos saíssem da classe durante a apresentação. Em sua primeira versão dos fatos, a garota disse que se recusou a deixar a sala de aula e, após um bate-boca com Paty, foi expulsa.

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