O embaixador do Brasil na França, Luiz Fernando Serra, e o chefe da Secretaria Especial de Comunicação (Secom), almirante Flávio Rocha, são os nomes que o Palácio do Planalto discute para a provável substituição do ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
Dentro do governo, a avaliação é que a situação do atual chanceler piorou muito depois que ele atacou a senadora Kátia Abreu (Progressistas-TO) pelas redes sociais, associando a pressão pela sua demissão a interesses na implantação do sistema 5G.
O nome do embaixador Serra agrada a integrantes da ala militar e a representantes do grupo mais ideológico do bolsonarismo. Ele assumiu a embaixada em 2019, mas conhece Jair Bolsonaro desde 2018, quando o então candidato visitou a Coreia do Sul. Na época, Serra era o embaixador no país. Os dois se aproximaram desde então e o diplomata chegou a ser cotado para assumir o Ministério, mas a preferência recaiu sobre Araújo. À frente da embaixada na França, Serra tem demonstrado publicamente forte alinhamento ideológico com o governo, especialmente durante o período em que o presidente francês Emmanuel Macron criticou a política ambiental brasileira.
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