Um dia após o presidente Jair Bolsonaro demitir os três comandantes das Forças Armadas, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta quarta-feira, 31, que as trocas não vão alterar a conduta da cúpula militar do País. O vice defendeu respeito ao critério de antiguidade na substituição, levando em conta o tempo de carreira dos comandantes.
“Julgo que a escolha tem de ser feita dentro do princípio da antiguidade, até porque foi uma substituição que não era prevista”, afirmou o vice, que é general da reserva.
O presidente Jair Bolsonaro poderá repetir a ex-presidente Dilma Rousseff e quebrar uma tradição no Exército se decidir nomear como próximo comandante o general Marco Antônio Freire Gomes. Comandante militar do Nordeste, Gomes é o nome mais cotado nos bastidores do governo para substituir Edson Leal Pujol, o comandante demitido, mas o presidente tem sido aconselhado a considerar outro nome para não criar atritos com generais mais experientes. O novo ministro da Defesa, general Braga Netto, se reúne hoje com os cotados para Exército, Marinha e Aeronáutica.
Ao falar do assunto na manhã desta quarta-feira, Mourão ressaltou que as Forças Armadas atuam dentro de um “tripé” de princípios de legalidade, legitimidade e estabilidade. “Então, não muda nada”, afirmou.
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