Porto Alegre, sexta, 11 de outubro de 2024
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Transporte de safra recorde de soja desafia o Rio Grande do Sul; Jornal do Comércio

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O volume colhido a mais neste ano exige o equivalente a 330 mil viagens extras de caminhão VANESSA ALMEIDA DE MORAES/EMATER/ DIVULGAÇÃO/JC

 

 

Uma grande safra de soja começa com investimento em tecnologia (de sementes a máquinas), passa por diferentes fases (do plantio à colheita) e está sempre de olho no clima. Depois desta etapa, seja em grandes fazendas ou pequenas propriedades rurais, vem a segunda, e também fundamental, fase. É quando o grão deixa a área rural para trás e precisa pegar estrada, em um caminho que termina, na maior parte dos casos, no porto de Rio Grande.

Colhendo neste ano um volume recorde de soja, próximo de 21 milhões de toneladas, os agricultores podem comemorar uma produção elevada justamente em um ano marcado pelo preço das commodities em alta. Devem, no entanto, enfrentar dificuldades para retirar o grão da lavoura e colocá-lo sobre rodas.

Há falta de caminhões graneleiros para transportar a soja ao porto, para cerealistas e indústrias de beneficiamento, em um princípio de “apagão” logístico que ameaça o Estado. O cenário preocupa entidades como as federações da Agricultura do Estado (Farsul ) e das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro), assim como a Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja).

O cenário pode se agravar em breve, com a colheita entrando em ritmo acelerado a partir de agora, explica o economista-chefe da Farsul Antônio da Luz. “Já há produtor desesperado. Alguns estão colhendo e não sabem onde deixarão o grão porque não conseguem caminhões para o transporte. Aqui, ao contrário do centro-oeste, não se pode deixar o grão simplesmente largado no solo. O risco de chover é muito maior”,

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