Porto Alegre, terça, 26 de novembro de 2024
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P1 já circula em 36 cidades do RS e Pelotas registra primeira cepa do Reino Unido; Jornal do Comércio

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Linhagens do coronavírus em circulação no Estado aumentam, mas P1 ainda é a principal variante LOIC VENANCE/AFP/JC

 

 

O Rio Grande do Sul registrou a circulação de mais uma linhagem do coronavírus, a B.1.1.7, chamada de “variante do Reino Unido”, com maior poder de transmissibilidade da Covid-19. Identificada em um morador de Pelotas sem registro de viagem nem contato com viajante, no final de fevereiro, a cepa se assemelha ao efeito da P1, já predominante e em incidência crescente no Estado, presente em 36 municípios. As informações constam no quinto Boletim Genômico da vigilância do SARS-COV 2 no Estado, divulgado nesta sexta-feira (16).

Detectada pela primeira vez em setembro de 2020 no Reino Unido, a nova linhagem apresenta em alguns casos maior severidade da doença e pode escapar dos anticorpos produzidos por algumas vacinas. No Brasil, até o presente momento, a B.1.1.7 havia sido registrada em pacientes no Distrito Federal, Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro. No caso do pelotense, no entanto, os sintomas apareceram em menor efeito e sem necessidade de hospitalização.

“Apesar de identificarmos a presença dessa nova variante, ela não se mostrou mais agressiva, tanto que não houve internação do paciente”, explica a bióloga Tatiana Gregianini, responsável pelo diagnóstico de vírus respiratórios do Laboratório Central do Estado (Lacen/RS) do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), e uma das coordenadoras do estudo.

Segundo ela, outras amostras serão analisadas para compreender se o caso de Pelotas é importado ou representa a possibilidade de uma transmissão comunitária da variante, ou seja, quando não é possível rastrear a origem da infecção, com o vírus circulando entre as pessoas, independente de terem viajado.

O levantamento mostra ainda que desde a primeira detecção da variante P.1 no Estado, ocorrida em janeiro, essa linhagem aumentou sua proporção entre as amostras sequeciadas, mantendo a predominância no RS. As cepas mais frequentes em território gaúcho são as mesmas do restante do Brasil, B.1.1.33, B.1.1.28- a mais comum dentre a 42 linhagens que circulam no País -, P.2 e P.1.

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