Influenciado especialmente pela melhora nas expectativas para os próximos meses, o Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI-RS), divulgado nessa quinta-feira (22) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), voltou a subir em abril. Registrou 58 pontos, 3,9 acima de março, quando caiu 8,7. Essa alta recupera parte da queda anterior e mantém o ICEI-RS acima da linha divisória dos 50 pontos, o que denota confiança. “Mesmo sob o impacto econômico das medidas de distanciamento social e das restrições das atividades provocadas pela intensificação da pandemia, assim como da falta e do aumento dos preços de insumos e matérias-primas, há otimismo entre os empresários gaúchos. A recuperação parcial da confiança se deve pela expectativa de avanço da vacinação e da possibilidade de reabertura das atividades”, explica o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry.
Todos os componentes cresceram na passagem de março para abril. O Índice de Condições Atuais subiu de 50 para 51,3, atestando uma percepção mais positiva entre os empresários. A melhora, porém, é sustentada apenas pelo Índice de Condições da Empresa, que passou de 53,1 para 54,7 pontos. O outro subcomponente, o Índice de Condições da Economia Brasileira, abaixo dos 50 pontos, continuou a mostrar piora, apesar de crescer de 43,7 para 44,4 pontos. Em abril, 37,3% dos empresários percebem piora na economia brasileira, quase o dobro do percentual que vê melhora (19,7%). Para os demais, as condições não se alteraram.
FUTURO – Com relação aos próximos seis meses, os empresários recuperaram, em abril, parte do otimismo perdido no mês anterior. O Índice de Expectativas atingiu 61,3 pontos, 5,1 acima de março, quando caiu 8,9. Os dois subcomponentes cresceram cinco pontos entre março e abril. O Índice de Expectativas da Economia Brasileira passou de 50,3 para 55,3, e o Índice de Expectativas da Empresa, de 59,2 para 64,2. Em abril, 39,4% dos empresários estão otimistas com relação à economia brasileira, enquanto o percentual de pessimistas é de 16,1%, e o restante não espera mudanças.
A pesquisa foi realizada entre 1º e 15 de abril, consultando 195 empresas, sendo 37 pequenas, 66 médias e 92 grandes.